Curso Gestão de Conflitos - Primeira Aula

Foi realizada, no dia 17/10/09, a primeira aula do curso "Gestão de Conflitos: Justiça Restaurativa, Mediação e outras formas alternativas", iniciativa conjunta do NIAC e do ISER.

Além das palestrantes Melisanda Trentin, Noelle Resende, Rafaela Selem e Silvia Vieira, a aula contou com a contribuição do diretor executivo do ISER, Pedro Strozenberg.

Inicialmente foi abordada a temática acerca da abordagem sobre o conflito e a mudança de paradigma, para serem então trabalhados os conceitos de mediação e de justiça restaurativa. Por fim, foi abordada a possibilidade de se utilizar a mediação de conflitos como instrumento de reflexão para a construção de uma segurança pública cidadã. O curso teve duração total de 08 horas.

Durante todo o encontro ocorreram debates extremamente ricos em trocas de opiniões e experiências dentro da temática trabalhada. Por fim os alunos relataram uma grande satisfação com a experiência do curso, e sugeriram que fosse pensada ums nova etapa para o aprofundamento dos temas discutidos.

Jornada de Iniciação Científica e Congresso de Extensão

O NIAC esteve amplamente presente, através dos trabalhos produzidos pelos alunos bolsistas, na Jornada de Iniciação Científica e no Congresso de Extensão da UFRJ, que aconteceram entre os dias 05/10/09 e 09/10/09.

Entre os trabalhos apresentados estão:

• No Congresso de Extensão:

1. "Balcão de Direitos: por uma Prática Jurídica Dialógica e Emancipatória"
2. "Conhecer para Intervir – Reflexões sobre um Agir Jurídico Sensível às Relações Sociais"
3. "Projeto Balcão de Direitos e o Acesso à Cidadania por meio da Documentação"
4. "1ª Conferência Livre dos Presos: Proposições Libertárias dos Privados da Liberdade"
5. "A Cela do Seguro: Proteção ou Segregação? Um Estudo na 52ª DP Nova Iguaçu”
6. "A Família Homoafetiva e os Entraves Legais para a Garantia dos Direitos Individuais aos Homossexuais: Um olhar a partir do NIAC"
7. "Construção de Alternativas para a Efetivação dos Direitos Humanos"
8. "Construindo a Interdisciplinariedade na 52ª Delegacia de Polícia: Novos Possíveis nas Práticas Privativas de Liberdade"
9. "Extensão em Direto: Uma Ánálise Crítica da Assessoria Jurídica Popular em Valença"
10. "Oficinas Temáticas: Um Espaço para a Promoção em Direitos Humanos e Cidadania"
11. "Parentalidade: Uma Demanda Jurídica"
12. "Perfil NIAC de Resolução de Conflitos"
13. Valorização Cultural e Extensão Universitária: Fomentando a Cultura"

• Na Jornada de Iniciação Científica:

1. "Balcão de Direitos: Uma Construção Alternativa aos Serviços Jurídicos Tradicionais"
2. "Prevenção e Administração de Conflitos no Contexto Carcerário: o Caso da 52ª DP"
3. "Subsídios para a Reflexão de Novas Construções da Prática Interdisciplinar"
4. "Vulnerabilidade aos Processos de Vitimização e Criminlização: Um Debate Acerca da Seletividade do Sistema de Justiça Criminal Brasileiro"
5. "Diagnósticos das Redes e Instituições de Apoio Social e Prevenção das Violências no Complexo da Maré"
6. "Da Invisibilidade Social à Promoção dos Direitos da Cidadania: Um Estudo pela Garantia do registro Civil à População Carcerária da 52ª Delegacia de Polícia - Nova Iguaçu - Rio de Janeiro"
7. "A Cela do Seguro: Proteção ou Segregação? Um Estudo na 52ª DP Nova Iguaçu”
8. "Formas Alternativas de Resolução de Conflitos e o Acesso à Justiça: Mapeamento das Experiências no Estado do Rio de Janeiro"
9. "Mediação de Conflitos: Uma análise do Posicionamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Universidade Federal do rio de Janeiro (UFRJ)"
10. "Direitos Humanos e a Construção de Alternativas para sua Efetivação"
11. "Prevençao da Violência nas Escolas Públicas da Maré"
12. "O Serviço Social na Unidade Penitenciária Talavera Bruce: Contribuições ao Debate da Dimensão Técnico-Operativa a partir de uma Avaliação Processual"

"Maré se une pelo fim da violência"

Mais de 600 pessoas participaram nesta manhã de domingo (20/9), a partir das 8h, do ato Outra Maré é possível — Pela valorização da vida e o fim da violência.

Moradores e militantes de organizações de Direitos Humanos, da igreja e entidades de dentro e de fora da comunidade organizaram o ato em reação à violência que tem provocado, sistematicamente, mortes na Maré, tanto em confrontos policiais como em conflitos entre traficantes de drogas.

Uma cerimônia religiosa deu início ao ato na Igreja São José Operário, na Vila dos Pinheiros, de onde os manifestantes partiram em caminhada pela Maré. O percurso incluiu as principais ruas das favelas Vila dos Pinheiros, Vila do João, Conjunto Esperança e Salsa e Merengue — que, há quatro meses, sofrem diretamente com a disputa de território entre facções rivais.Com um carro de som e a percussão do bloco Se benze que dá, a caminhada — com bandeiras de vários países simbolizando a união dos povos — durou duas horas. No auto-falante, músicas religiosas se misturaram a palavras de ordem e a sambas, todos com letras de valorização da paz e da vida.

Houve ainda atividades de arte para as crianças, que produziram faixas pedindo o fim da violência.

“É muito importante esse tipo de manifestação. Tinha que ter muito mais, uma vez por mês pelo menos seria bom, mas para mudar as coisas tinha que ter mais investimento em educação e saúde”, disse o vendedor Wesckley, de 27 anos, morador do Conjunto Esperança.

Buracos de balas nas paredes e cápsulas pelo chão eram os sinais concretos da violência observados durante todo o percurso. O último tiroteio ocorreu na tarde do sábado (19/9). Mas os conflitos se tornaram rotina diária a partir de maio, com dezenas de mortes, embora sem qualquer visibilidade pública ou posicionamento das autoridades.

“A situação na Maré é dramática e a repercussão na sociedade é mínima. A grande mídia não reporta o que acontece. Tinham que estar aqui todos os deputados estaduais, federais e os vereadores, pois essa situação é de calamidade pública. O pobre não tem respeitado o seu direito à paz, tem que se mobilizar para conquistá-la”, disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL).

Confira as fotos do ato em http://www.blogocotidiano.blogspot.com/

Obs.: Esta reportagem é uma produção coletiva de comunicadores populares da Maré.

FONTE: http://ocidadaonline.blogspot.com/